segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Evolução da vida


I
* Pangéia
          Designa-se por Pangéia o continente que, segundo a teoria da deriva continental, existiu até há 200 milhões de anos, durante a era Mesozoica, porém, há relatos também de 540 milhões de anos. A palavra origina-se do fato de todos os continentes estarem juntos (pan do grego = todo, inteiro) e exprime a noção de totalidade, universalidade, formando um único bloco de terra (gea) ou Geia Gaia (mitologia) ou Ge como a Deusa grega que personificava a terra com todos os seus elementos.
         Milhões de anos se passaram até que a Pangéia se fragmentou, dando origem a dois megacontinentes. Esta separação ocorreu lentamente e se desenvolveu deslocando sobre um subsolo oceânico de basalto.
        A parte correspondente à América do Sul, África, Austrália e Índia, denomina-se Gondwana (região da Índia). O resto do continente, onde estava a América do Norte, Europa, Ásia e o Ártico se denomina Laurásia. A Pangéia era cercada por um único oceano Pantalassa.
        Entre a comunidade cientifica foi inicialmente sugerida à hipótese no início do século XX pelo meteorologista alemão Alfred Wegener, criando uma grande polêmica entre a classe científica da época. Wegener teve como ponto de partida de sua teoria os contornos semelhantes da costa da América com a da África, os quais formariam um encaixe quase perfeito. Entretanto, não foi utilizado este fato na sua fundamentação científica, mas a comparação dos fósseis encontrados nas regiões brasileira e africana. Como estes animais não seriam capazes de atravessar o oceano na época, concluiu-se que eles teriam vivido em mesmos ambientes em tempos remotos.
          Esta teoria não foi inicialmente aceita, sendo até ridicularizada pela classe científica. Foi confirmada somente em 1940, após 10 anos da morte de Alfred Wegener.

* Períodos geológicos e os eventos biológicos marcantes:
              De acordo com as teorias geralmente aceites, a Terra teria tido o início da sua formação há aproximadamente 4,6 bilhões de anos (esse número hoje é calculado com maior exatidão: 4,567 bilhões de anos) através de várias nuvens de gás e poeira (disco protoplanetário) em rotação, que deu origem ao nosso Sistema Solar. A vida começou na terra há pouco mais de 3,5 bilhões de anos, no período Arqueano, pois se são encontrados vestígios de vida nesse período, sua formação deve ser, necessariamente, anterior.
             No começo, tudo no planeta Terra era uma rocha derretida, que depois de algum tempo, se solidificou e formou a superfície terrestre. Naquela época havia muitas erupções vulcânicas, e por essa razão, a atmosfera da terra era composta de vários gases, principalmente o oxigênio, hidrogênio e carbono. Houve um grande período de chuvas, que duraram milhões de anos, e as partes de terra que ficaram emergiram formaram os continentes.
               As primeiras formas de vida do planeta foram os Procariontes, formas de vida unicelular que continham DNA, uma das moléculas fundamentais da vida. Depois dos Procariontes, vieram os Eucariontes que já eram mais complexos, continham um núcleo e algumas organelas. Tempos depois, surgiram os vermes achatados e criaturas invertebradas mais complexas, como os Trilobitas. De pequenos seres chamados conodontes, surgiram os peixes, que se tornaram no Devoniano os donos dos mares, e que por alguma razão desconhecida, talvez em busca de alimentos ou para fugir de predadores, começaram a sair para a terra firme, e deram origem aos anfíbios que podiam andar na terra, mas necessitavam viver em pântanos, pois não sobreviviam muito tempo fora da água. Os anfíbios evoluíram aos répteis, que viviam sem dependência da água e dos répteis evoluíram os sinapsídeos, ancestrais dos mamíferos, que permaneceram escondidos durante o longo reinado dos dinossauros até se tornarem os donos do mundo.

* Os Dinossauros no mundo
            Os dinossauros eram criaturas únicas. Tanto que alguns cientistas especializados em cladística os consideram como uma classe à parte, intermediária entre os répteis e aves. Como os répteis possuíam pele escamosa, punham ovos com casca, tinham caudas longas e fortes e dentes homogêneos. Diferentes dos outros sáurios, porém, cujas patas estão posicionadas nas laterais do corpo, suas patas eram posicionadas logo abaixo do tronco, tal como as aves e os mamíferos. Também como as aves e mamíferos seu metabolismo de alguma maneira podia manter-se mais ou menos constante, sem depender da temperatura do meio externo. Acredita-se que os dinossauros evoluíram a partir de répteis arcossauros conhecidos como tecodontes.

II
A posição filogenética da espécie humana entre as outras espécies
          Há cerca de 5 milhões de anos, o grupo de primatas que habitava a selva africana subdividiu-se, o que originou, posteriormente, os primeiros hominídeos, antepassados bípedes dos seres humanos.
Os estudos de ADN realizados em fósseis primitivos permitem averiguar tanto sua idade como os vínculos entre as diferentes espécies de hominídeos; cada nova descoberta aproxima-se da origem do homem.
         A partir dai a comunidade cientifica procura reconstruir complexas árvores filogenéticas para apontar o caminho da evolução de nossa espécie.


Os fósseis no RN ( fauna e flora)


         Apesar de toda a importância dos fósseis, no Rio Grande do Norte, os investimentos nessa área ainda são muito fracos. Os melhores lugares para encontrar fósseis são nos municípios de Ouro Branco, Caicó, Areia Branca, Mossoró, João Câmara e Jandaíra.


          As formações vegetais são diretamente ligadas aos fatores climáticos e ao tipo de solo e relevo. No estado elas estão representadas sob a forma de 7 ecossistemas .
         O resultado das agressões vindas pelos homens é uma forte diminuição da cobertura vegetal primitiva causando em determinadas zonas um enfraquecimento da biodiversidade e desertificação.

Caatinga 

    É uma vegetação que caracteriza essa região ao clima semi-árido,com à predominância de solos pedregoso. Formada de arbustos, ela pode se cobrir de folhas nos raros períodos de chuvas. A fauna existente é formada principalmente por pequenos animais adaptados às difíceis condições: tatu-verdadeiro, peba, preá e mocó, o primata sagui-do-nordeste, o cervídeo veado-catingueiro (ameaçado de extinção).


Vegetação nativa Mata Atlântica 

  Esse ecossistema era formado pela associação entre vegetais e animais que ocupavam todo o litoral brasileiro.  Ela está restrita, em nossos dias, em pequenas faixas no litoral.
        Este ecossistema constitui uma das maiores diversidades biológicas do planeta, a fauna e a flora que nele existem são específicas e correspondem a algumas espécies raras e muito ameaçadas de extinção. A flora, 'Pau-Brasil', 'Jatobá', 'Maçaranduba', 'Gameleira', 'Sapucaia', 'Peroba', 'Sucupira', 'Anescla'. 
     A fauna, o macaco 'Guariba', os passarinhos, como 'Choca barrada', 'Beija-flor', 'Aracuã', 'Pintor Verdadeiro'. Os repteis, 'Bico-doce' e 'Tejuaçu'. Os insetos herbivoros, aranhas arboricolas e formigas 'tocandiras', uma das maiores do mundo. 


Cerrado 

   floresta de Tabuleiro Constituído de árvores (caju, mangabeira, lixeira) tortuosas, esparsas, intercaladas por uma cobertura vegetal inferior, o Cerrado ocupa os terrenos baixos do litoral nas faixas de terras, muitas vezes associado com outras vegetações como a caatinga. Esse ecosisssistema esta presente no norte do estado, na região de Touros.





Floresta das Serras


 As serras com seus terrenos elevados e inclinados apresentam um ecossistema muito diversificado, caracterizado pelos seus cumes de florestas úmidas e grandes árvores, 'Floresta das Serras'.
       Nas regiões de caatinga, ela é representada por Pereiros, Marmeleiros,Aroeiras e na Mata Atlântica por Mulungus e Jatobás. A fauna é constituida de numerosas espécies de aves (Gavião Pé-de-serra, Concriz, Rolinhas e Juritis).

Floresta Ciliar de Carnaúba


  Vegetação formada pelas palmeiras carnaúba, que podem ser encontradas nas zonas baixas úmidas e nas margens dos rios (como Apodi, região de Mossoró e Piranhas na região de Açu). 
        Ela se apresenta sob a forma de grandes árvores, isoladas ou agrupadas, que dominam uma vegetação situada sobre os solos arenosos e planos ou pouco inclinados ou de planícies cultivadas. 
        A cera que é extraída de suas folhas é utilizada na fabricação de ceras industriais e domésticas , e também de rolos de filmes para fotos, de papel carbono e de sabão. A palha é utilizada na confecção de chapéus, cestos e vassouras, seu tronco serve para as paliçadas, telhados, suas folhas para recobrir os telhados. Seu fruto serve na alimentação. Suas raízes para medicamentos, seus grãos são prensados e utilizados como bebidas.

Vegetação das Praias e Dunas 


Essa vegetação se encontra em todo o litoral do estado. As dunas afastadas da praia contêm em seus cumes uma vegetação de arbustos por vezes ralos ou densos. Os arbustos: Guajiru, as plantas : Bredo de praia, Salsa-Roxa e Ameixa.



Manguezais


Esse ecossistema, próprio das regiões tropicais é composto essencialmente de arbustos, vegetação de transição entre o meio terrestre e o marinho (rios, lagoas, baías) que vivem nas zonas planas embalados ao ritmo das marés, banhados sucessivamente pelas águas doces dos rios e as águas salgadas do mar, ricas em matérias orgânicas. 
     Existem especies variadas: mangue manso, mangue ratinho, mangue vermelho ou sapateiro. 
    A riqueza de suas águas forma uma fauna rica em espécies animais como os caranguejos, as ostras, camarões, moluscos e diferentes peixes que vêm se reproduzir e deixar seus ovos até que os filhotes possam alcanças o mar. Pode-se encontrá-los nas regiões de Cunhaú, Nísia Floresta, no Potengi, mas também ao norte: Apodi, Açu, Galinhos..